Áreas com o solo mais caro na cidade de São Paulo coincidem com as que proporcionam maior acessibilidade de transporte à população, aponta estudo realizado por pesquisadores da Escola Politécnica e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, que será apresentado na 13ª Conferência Internacional da Sociedade Latino Americana de Estudos Imobiliários, em São Paulo, de 11 a 13 de setembro.
Para chegar à conclusão, os pesquisadores usaram ferramentas de geoprocessamento e cruzaram os valores venais (estipulado pela prefeitura para pagamento de tributos) de todas as quadras da cidade de São Paulo (do ano de 2010) com os resultados da pesquisa origem-destino de 2007, feita pelo Metrô. “Quanto maior o número de viagens geradas, maior é a acessibilidade, e quanto maior é a acessibilidade, mais valorizado é o solo”, explica a pesquisadora da USP Cláudia Soares Machado, doutora em engenharia de transportes. E completa, “Existe uma correlação estatística espacial positiva e relevante entre quantidade de viagens geradas e valor venal do solo. Ou seja, as facilidades de transportes se traduzem em muitas viagens, o que caracteriza alto índice de acessibilidade, que por sua vez viabiliza e favorece a mobilidade urbana”.