O gesso descartado nas obras de construção civil pode ser recuperado, se não houver contaminação, mantendo as mesmas propriedades físicas e mecânicas de seu formato comercial, mesmo após o quinto ciclo de reciclagem. Essa é a conclusão de um estudo realizado na Universidade de Campinas (Unicamp) pela pesquisadora Sayonara Maria de Moraes Pinheiro, engenheira civil e professora da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
O processo consistiu na execução de duas fases para o retorno do gesso ao seu formato comercial: moagem e calcinação. Segundo a pesquisadora, a moagem pode ser considerada um processo de reciclagem por si só, pois o material processado pode ser utilizado como adição nas pastas de gesso de construção.
Para destinar o resíduo de gesso à reciclagem, seria necessário estabelecer um programa de gestão nos canteiros de obra com regras como, por exemplo, condicioná-lo em recipientes específicos. Seria uma logística reversa.
Utilizar o resíduo em diversos ciclos de reciclagem, além de reduzir a extração do minério gipsita, ainda contribui para a diminuição do descarte inadequado do material, bem como da contaminação do solo e lençol freático.
Apesar de comprovada a viabilidade da reciclagem do gesso, ainda não foi desenvolvido um protótipo de usina de reciclagem para o material. A pesquisadora acredita, no entanto, que há possibilidade de tornar o processo rentável.
A tese de doutorado da pesquisadora, corrobora a mudança da classificação do resíduo de gesso da Classe “C” para classe “B” pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), por meio da resolução nº 431 que destina o resíduo de gesso à reciclagem específica. “A redução da geração do resíduo, sua reutilização e reciclagem são as únicas possibilidades de minimizar o impacto ambiental causado pelo material”, finaliza a pesquisadora.
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